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Precisa de cadeira de rodas mas só recebeu tampas
Por Luis F. Maia (Leitor do Jornal), em 2013/11/18912 leram | 0 comentários | 149 gostam
A campanha das tampinhas “era a única esperança” de Sandra Costa para conseguir uma cadeira adaptada em que o filho, com 14 anos e paralisia cerebral, pudesse manter o corpo direito.
Mas a associação em que “confiou” falhou e nunca deu contas do dinheiro angariado com a venda das toneladas de plástico recolhidas em nome do Ricardo André.

Pressionada, a “Dar a sorrir”, da Póvoa de Varzim, que há mais de um ano iniciou a recolha de tampinhas e embalagens para a compra da cadeira de rodas, deixou de ir buscar o material doado (que é depois vendido para reciclagem) a casa do rapaz, que ficou com um monte de plásticos à porta, em Rebordões, Santo Tirso.

Humilde, a família de Ricardo nunca viu motivo para desconfiar da instituição. Até porque o caso do menino é demasiado sério: não só é totalmente dependente, como tem de viver preso a uma cadeira que lhe sustente o corpo que há muito não tem coordenação. Desde os 14 meses de vida, na verdade, quando uma infeção no cérebro (uma encefalite herpética) o condenou, sem recuperação possível.

A cadeira atual foi adquirida com o apoio da Segurança Social, há cerca de cinco anos, quando Ricardo tinha apenas nove. Mas o menino cresceu, e “é urgente” uma nova (custa 5200 euros) para poder corrigir o tronco e ter apoio de cabeça, explica a mãe, que recorreu à “Dar a sorrir” “pensando que a campanha fosse mais rápida do que a Segurança Social”.

Mas não foi célere nem lenta. Simplesmente, não foi: num ano, nunca foram dadas contas dos valores obtido. Tudo o que a família de Ricardo tem é um papel tosco, feito a computador e sem qualquer carimbo ou assinatura, indicando, em meados deste ano, uma pesagem total de 9,8 toneladas (cada uma daria 200 euros para a cadeira).

Mas Sandra Costa garante que a “Dar a sorrir” levou “muito mais de 10 toneladas”, já que fez pelo menos mais quatro carregamentos após aquela contagem. O último foi em setembro, e, desde então, Sandra não conseguiu contactar mais com a associação, que parou com as recolhas, deixando- -lhe à porta de casa um monte de sacos.

Fonte e Imagem: JN


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