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Castro do Monte Padrão
Por Luis F. Maia (Leitor do Jornal), em 2013/06/21604 leram | 0 comentários | 160 gostam

MONTE PADRÃO NA REDE DE CASTROS DO NOROESTE PENINSULAR
A propósito da recente criação da Rede de Castros do Noroeste Peninsular - da qual faz parte o nosso Castro do Monte Padrão - realizou-se no passado dia 11 de junho, uma conferência de imprensa para a sua apresentação, que teve lugar na Casa d’Allen, no Porto.
A apresentação foi feita pela Diretora Regional de Cultura do Norte, Paula Araújo da Silva, e pelos Presidentes (ou seus representantes) dos Municípios envolvidos, bem como pelo Diretor da Sociedade Martins Sarmento, entidade responsável pela Citânia de Briteiros.
Em representação do Município de Santo Tirso esteve o presidente da Câmara Municipal, Castro Fernandes, que fez uma breve apresentação do Monte Padrão, realçando os investimentos efetuados, designadamente na criação do Centro Interpretativo e na aquisição de terrenos da estação arqueológica, e a sua importância no quadro do património arqueológico e arquitetónico de Santo Tirso.
A cultura castreja do Noroeste Peninsular apresenta uma forte personalidade no quadro da Proto-História europeia. A sua originalidade foi já reconhecida pelos autores clássicos, em especial pelo historiador e geógrafo grego Estrabão (64-63 a.c. - 24-25 a.C.).
Neste sentido procedeu-se à criação da Rede de Castros do Noroeste Peninsular que visa promover a divulgação e salvaguarda de um conjunto de sítios arqueológicos, conhecidos como Castros, Cividades ou Citânias, que constituem expressões materiais particularmente relevantes do conjunto de povos que ocupou esta região da Península Ibérica, em particular no período anterior à chegada dos romanos.
Sítios de notável enquadramento paisagístico, ocupando geralmente cabeços de média altitude mas com uma implantação estratégica que lhes permite dominar visualmente um extenso território envolvente, muitas vezes bacias hidrográficas ou zonas litorais, e lhes confere uma posição de lugar central no quadro do respetivo ordenamento territorial.
Dotados de fortes sistemas construtivos, com várias ordens de muralhas, e uma clara organização proto-urbana de estrutura regular, com arruamentos e construções de planta circular e quadrangular agrupadas em conjuntos de unidades domésticas ou núcleos familiares, correspondente aos primórdios da influência romana na região, estes povoados evidenciam já uma clara hierarquização no modelo de organização e ocupação do território, articulando-se entre si numa rede bem estruturada de funções, valências económicas e dependências.
Integram esta Rede: Monte Padrão (Santo Tirso), Castro de Alvarelhos (Trofa), Castro de Monte Mozinho (Penafiel), Castro de Outeiro Lesenho (Boticas), Castro de São Caetano (Monção), Castro de S. Lourenço (Esposende), Citânia de Briteiros (Guimarães), Citânia de Sanfins (Paços de Ferreira), Citânia de Santa Luzia (Viana do Castelo), Cividade de Bagunte (Vila do Conde) e Cividade de Terroso (Póvoa de Varzim).
fonte:(C.M.Santo Tirso)


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